ANO XVII - NÚMERO 203
Bruno Campos
Raimundo Pinheiro
Núdios Clen
Francisco Braga
COLUNISTA - josÉ CLÁUDIO HENRIQUES
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Discursos de posse como presidente do IHG, em homenagem ao ICVRP e LOJA MAÇONICA CHARITAS II
1 - Pronunciamento de posse de José Claudio na academia de letras de São João Del Rei
Minhas deferências à mesa diretora, aos confrades acadêmicos, às autoridades presentes, aos meus queridos familiares e convidados.
Jamais imaginei ser levado ao mais alto posto desta casa de arte e cultura, sabendo que aqui existem pessoas bem mais capazes do que eu. Comecei meus estudos na escola Tomé Portes del Rei, no bairro de Matosinhos, nesta cidade, e em seguida, com muito custo, meus pais tudo fizeram para que eu me formasse, naquela época, o curso ginasial no respeitado colégio Santo Antonio, aqui em São João del Rei. Após isso, me empreitei em trabalhar durante o dia e estudar à noite, inclusive, quando servi como soldado no glorioso e vitorioso 11º Batalhão de Infantaria.
Vejo na minha retaguarda, personalidades ilustres, históricas e imortais, que fizeram com que essa casa de cultura permanecesse ativa e funcional. Espero não decepciona-los.
Agradeço de coração à administração que me antecedeu, presente nessa mesa de trabalhos, a qual me indicou para a atual sucessão. E dessa forma também agradeço os votos que recebi dos meus prezados confrades.
O que posso prometer é muito trabalho, honestidade e empenho, porque, afinal, ninguém consegui atingir metas e objetivos sozinho.
É para isso que contarei como meus diretos auxiliares, logicamente ao lado do corpo de acadêmicos, que ingressaram nessa casa, através de analise curricular e votação secreta, e que também terão incumbências importantes, participando de comissões ou mesmo de projetos culturais de interesse local ou regional.
Por falar em projetos, já temos incumbências de implementá-los juntamente com outras casas de cultura da nossa cidade, muitos deles inicializados por essas próprias casas, como posso citar o nosso co irmão Instituto Histórico e Geográfico de São João del Rei, atualmente conduzido pelo nosso também confrade Professor Artur Cláudio da Costa Moreira.
Assim, temos que acompanhar o retorno da Portada Principal do hoje, Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, já disponibilizado por sua atual proprietária, com um empenho fantástico do judiciário da nossa cidade, bem como do ministério público estadual e federal, faltando apenas definir o local de instalação da preciosa peça, tarefa essa que temos certeza será bem conduzida pelo IPHAN regional.
Temos que tocar, conjuntamente, o projeto “Memorial do Pombal”, já desenhado pelo famoso arquiteto Oscar Neymaier, projeto esse que reconhece e objetiva engrandecer o nosso patrono e mártir cívico brasileiro, que foi Joaquim José da Silva Xavier, bem como edificar espaços de exposições, de infra estrutura e de pesquisas.
Nossa academia, já trabalha com um projeto de incentivo à literatura, quiçá com premiação em dinheiro, já inicializado na presidência do nosso imortal presidente Wainer Ávila.
Também já está consagrada a nossa co-participação no dia da liberdade, realizado nas dependências da Fazenda do Pombal, dia esse instituído pelas câmaras municipais com outorga dos respectivos prefeitos de São João del Rei, Tiradentes e Ritápolis. Esse dia da Liberdade exalta a figura de Joaquim José da Silva Xavier, no dia do seu batismo, como o personagem que lutou pela liberdade do nosso país, doando sua própria vida.
Nossa Academia tem trabalhado incansavelmente para que esse projeto seja realizado, principalmente os confrades Wainer Ávila, João Bosco da Silva, Zélia Leão Terrel e José Teixeira de Carvalho.
Pretendemos também realizar diversas parcerias com quem nos queira receber. Estaremos abertos para dialogarmos com entidades educacionais e com a área cultural e educacional da nossa cidade e com o poder público municipal, estadual e federal.
Vamos intercambiar com entidades culturais de outras cidades, o que já temos feito, não no volume que pretendemos, como é o caso de Barbacena e Conselheiro Lafaiete.
Temos cerca de 2.500 livros encaixotados por não termos local e nem pessoas para administrá-los.
Muitas cobranças também teremos que realizar a bem da conduta da nossa Academia. È exigência estatutária a defesa documentada dos nossos quarenta patronos por parte dos seus respectivos acadêmicos, com a finalidade de elucidá-los, para disponibilizarmos para pesquisas e edições literárias.
Também temos que atualizar nossos estatutos, com a finalidade de recebermos recursos de incentivos fiscais e atender a outros itens em que regulam o tempo de licença de sócio efetivo, a presença em reuniões e quem está apto para exercer o direito do voto.
Finalizando, gostaria de empossar nossos diretos auxiliares, na seguinte ordem:
Como primeira secretaria a Exma. Senhora Zélia Maria Leão Terrel;
Como segunda secretaria Exma. Senhora Ana Maria de Oliveira Cintra;
Como primeiro tesoureiro o Exmo. Sr. Nilo da Silva Lima;
Como segundo tesoureiro o Exmo. Sr.
Como Orador Oficial o já consagrado e imortal Exmo. Sr. Euclides Garcia de Lima Filho;
Como Relações Institucionais o Exmo. Sr. João Bosco da Silva.
A todos, meus agradecimentos.
São João del Rei, 27 de fevereiro de 2011.
Jose Cláudio Henriques
NO DIA DA SUA POSSE COMO PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOAO DEL REI.
2- DISCURSO DA MINHA POSSE COMO PRESIDENTE DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO JOÃO DEL REI EM 01/03/2015
Senhoras e senhores confrades dessa magnífica casa de Cultura;
Dr.-------------------------através do qual cumprimento os demais;
Professor--------------------
Digníssimos convidados---------------
Neste dia em que esse sodalício completa exatamente 45 anos é com indizível satisfação e muita força para trabalhar, que ocupo a presidência dessa importante e reconhecida casa de cultura, juntamente com os nossos novos diretores e conselheiros, sem os quais jamais poderíamos levar adiante nossos trabalhos.
Agradeço ao presidente Artur Claudio que muito contribuiu para o engrandecimento dessa casa nos últimos 6 anos, juntamente com seus diretores, e é a eles que tenho que agradecer em lembrar do meu nome para presidir este sodalício.
Quero, juntamente com todos nossos confrades trabalharmos com afinco, para que esta casa continue a ser respeitada nas esferas locais e regionais, que sirva de órgão consultor, bem como produza material de pesquisas para o bem da arte e cultura do nosso país.
É nossa pretensão realizar palestras periódicas, seminários, encontros técnicos, intercâmbios locais e regionais e editar revistas e estudos históricos e geográficos. Nesses dois últimos quesitos já temos disponível um site atualizado do IHG elaborado pelo nosso confrade Paulo Chaves, em que disponibiliza desde o currículo dos nossos associados, incluindo suas teses de defesa dos respectivos patronos, trabalhos de pesquisas e muito mais. Casa associado é responsável por sua atualização.
Nossa casa sempre estará aberta para todos vocês, principalmente nas reuniões mensais que acontecem todos os primeiros domingos de cada mês. Venham participem!!!
Finalmente, quero pedir apoio a todos os confrades, bem como a todos que gostam dessa casa e principalmente às instituições locais, para obtermos recursos físicos e financeiros, já que não temos de onde tirá-los.
Muito Obrigado. Obs. Texto sem conferência.
3 - DISCURSO EM HOMENAGEM AOS 25 ANOS DO INSTITUTO CULTURAL VISCONDE DO RIO PRETO E SEU PATRONO DOMINGOS CUSTÓDIO GUIMARÃES
DATA: 23/08/2015 LOCAL: Câmara Municipal de São João del Rei.
Exma. Sra. _______________________________ representante do poder legislativo de SJDR;
Exmo. Sr. _______________________________________ representante do poder executivo;
Exmo. Sr. Dr. Auro Aparecido Maia de Andrade – digníssimo Juiz de Direito da Comarca de SJDR;
Exmo. Sr. Dr. Mário Pellegrini Cupello – pres. do Inst. Cultural Visconde do Rio Preto;
Exma. Sra. Dra. Elizabeth Santos Cupello – vice presidente doICVRP e diretora do Centro de Preservação da Memória do ICVRP;
Exmo. Sr. Wainer de Carvalho Ávila – presidente da Academia de Letras de SJDR;
Exma. Sra. Poliana Rezende – vereadora da cidade de Carrancas;
Senhoras e senhores:
Como presidente do IHG de SJDR temos a indizível satisfação de integrarmos as entidades que hora homenageiam nosso coirmão ICVRP, na passagem dos seus 25 anos, bem como seu patrono, o são-joanense e carranquense Domingos Custódio Guimarães.
Exatamente hoje, Domingos Custódio Guimarães, o Visconde do Rio Preto, completaria 213 anos de nascimento. Sobre nossa região já dizia o nobre escritor, agrimensor, estatístico e militar português Raimundo José da Cunha Matos: “Não confundir o caminho novo do sertão, atalhando por Carrancas, com o caminho novo do Rio de Janeiro, que só foi concluído em 1704”. Com isso, Cunha Matos clareava que, o novo caminho explorado pelas bandeiras paulistas, ligava definitivamente, Carrancas ao Rio das Mortes, e deste à região do Rio das Velhas e Vale do Rio Preto. É nítido e claro que o Arraial Velho de Santo Antônio e o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar desenvolveram-se muito após esta nova ligação. Antes, o caminho percorrido por Fernão Dias em 1673 contemplava; Ibituruna, Itapecerica e Paracatú até chegar ao Sumidouro, exatamente onde se encontra a Rodovia Fernão Dias. É por essa razão que a cidade de Ouro Preto é mais antiga que a cidade de São João del Rei.
Finalizando, desejamos que ambos, O ICVRP e seu patrono, in memoriam, comemorem eternamente esta importante data, com muito vigor, pesquisa e cooperação, para o benefício da área cultural do nosso país, como já vem acontecendo com os trabalhos desenvolvidos pelos presidente e vice do ICVRP, Dr. Mário Cupello e sua esposa Dra. Elisabeth Cupello, que são também, com muita honra, nossos confrades correspondentes do IHG de SJDR.
Parabéns, também, a todos que colaboraram para que este evento pudesse aconter, em especial ao Dr. Auro Aparecido Maia de Andrade, idealizador da justa homenagem.
São João Del Rei, 23 de agosto de 2015.
Meu muito obrigado.
4 - Discurso para Loja Maçônica Charitas II de São João Del Rei, no transcurso dos 269º aniversário de batismo de Tiradentes
O termo maçonaria é de origem francesa, e significa construção. O termo maçom portanto é a versão em português do francês; maçonaria por extensão significa "associação de pedreiros".
Formavam corporações privilegiadas, que se furtavam de toda a regulamentação municipal e guardavam os segredos da profissão. É especificamente maçônico o vínculo com a tradição da construção: daí procede a sua terminologia, os seus objetos de culto, emblemas e o ritual (martelo, paleta, esquadro, mandil), bem como os graus de mestre, companheiro e aprendiz.
A Grande Loja de Maçonaria foi criada na Inglaterra em 1717, e unia as quatro lojas londrinas. O líder eleito era conhecido como Grão-Mestre. Aberta a todos as crenças religiosas, a Maçonaria se transformou em um receptáculo da filosofia das Luzes e depressa se estendeu a todo o Continente europeu.
No final do século XVIII já existiam 700 lojas em França, compostas por grande quantidade de nobres e membros da classe média e do clero, apesar dos Papas Clemente XIII e Bento XIV terem proibido a maçonaria em 1738 e 1751.
Senhoras e senhores................... bom dia.
É com um indizível prazer que recebi o convite para palestrar algumas palavras a respeito desse dia 12 de novembro, mesmo sabendo que existem pessoas mais capazes do que eu.
Exatamente hoje, 12 de novembro de 2015, comemora-se 269 anos de batismo de Joaquim José da Silva Xavier, o quarto de uma prole de sete irmãos, sendo ao todo quatro homens, entre eles dois padres e três irmãs. Nasceu na Fazenda do Pombal e foi batizado na capela de São Sebastiao do Rio Abaixo e, não se tem a data do seu nascimento, provavelmente, nesse mesmo ano.
Rubens Fiúza, descendente de um inconfidente não identificado, no seu livro: Tiradentes – Crônicas da Vida Colonial Brasileira, 2006, conta com detalhes que numa ultra secreta reunião da Loja Maçônica Libertas Quae Será Tamen, de Vila Rica, em fins de 1793, decidiu-se por unanimidade que a cabeça ressecada do Alferes deveria ser resgatada da gaiola no alto do poste, para que pudesse receber a merecida sepultura cristã. E assim foi o resgate consumado pelo Cônego Francisco de Assis Garcia e Juca de Souza, o inconfidente não identificado, com a ajuda de Eugênia, ex amante de Tiradentes e o menino João Beltrão, que na realidade era filho de Eugênia com Tiradentes.
Joaquim José da Silva Xavier era Alferes de Cavalaria, posto equivalente ao Subtenente do exército. É o maior herói nacional intitulado por lei federal, o Protomártir da nação brasileira. Ele deu sua vida pela liberdade do Brasil, na época, colônia de Portugal, articulando o movimento da Inconfidência Mineira.
Sua mãe faleceu em 1755 e seu pai em 1757. Portanto, Tiradentes ficou órfão de mãe aos 9 anos e de pai aos 11 anos. Foi criado com seu padrinho, o cirurgião dentista Sebastião Ferreira Leitão, com quem aprendeu a profissão de tirar e por dentes.
A família de Tiradentes era relativamente abastada, pois, possuía a fazenda do Pombal, à beira do Rio das Mortes, e nela explorava a lavoura, a agropecuária e a mineração.
Tiradentes era primo por parte de mãe do Frei José Mariano da Conceição Veloso, nascido na cidade de Tiradentes em 1741. Frei Veloso era também botânico, habilidade que desenvolveu no convento do Rio de Janeiro, cidade na qual ajudou também a construir o Jardim Botânico. Faleceu no próprio Rio de Janeiro em 1811. Tiradentes parece ter usado dos conhecimentos do primo para utilizar-se de plantas medicinais, para a cura de doenças.
Tiradentes tinha também conhecimento de engenharia, pois, apresentou projetos para a coroa portuguesa, no intuito de canalizar o rio Maracanã para servir a população do Rio de Janeiro de água, bem como para tocar moinhos de trigo e milho. Ele, além do vasto conhecimento de diversas profissões, também lia e escrevia bem, pois andava com as leis de constituição dos EUA escrita em francês.
Pela sua anterior amizade com a corte portuguesa chegou a ganhar diversas Sesmarias na região do encontro do Rio Preto com o Rio Paraibuna, próximo à cidade de Comendador Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro, local antes conhecido por Porto dos Menezes.
Foi preso no Rio de Janeiro a 10 de maio de 1789 e enforcado no dia 21 de abril de 1792.
FONTE: Bárbara Eliodora, muito mais que bela, de José Claudio Henriques, 2015, Imprensa Oficial de Minas Gerais. Livro a ser lançada na tarde noite de hoje, 12/11/2015.
IPHAN DE MINAS IMPEDE QUASE TUDO QUE SE PROPÕEM DE ARTE E CULTURA EM DEL REI
José Cláudio Henriques*
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, principalmente depois que assumiu o controle patrimonial da antiga Rede Ferroviária Federal, impede que quase tudo que se propõem em termos de arte e cultura em São João del Rei seja impedido de se realizar
Assim foi o caso do “Trem Noturno” que empresários locais bolaram para entretenimento de turistas e moradores, com músicas e jantares numa composição que partiria de Tiradentes com destino a São João del Rei. Com desculpas de que o horário noturno não dava segurança, vetaram o projeto. As locomotivas da Oeste possuem faróis de longo alcance e as linhas férreas já são diariamente vistoriadas. Ademais, os trechos de maiores riscos seriam trafegados com o mesmo cuidado quando das viagens diurnas. Percursos ferroviários como o de Bento Gonçalves e o famoso trem do forró da Bahia e de Pernambuco circulam normalmente à noite. Se não tivermos ousadia para se fazer eventos em cidades históricas, com segurança, será decretado o fim dessas cidades com fins turísticos e de entretenimento para o público local. Eventos como esses acontecem normalmente em cidades européias com mais de mil anos de existência
Outro veto se deu com relação ao evento X-Fighters, no qual acrobatas de motocross, a nível internacional, fariam apresentações no sábado, dia 28 de maio, no Largo de São Francisco. O evento seria transmitido para cerca de 130 paises, sem prejuízo para a monumental igreja, já que o evento seria praticado na rua e não nas dependências da mesma. Há anos que blocos carnavalescos saem dali, ou passam por ali, sem que nenhum registro grave tenha ocorrido. Como fazer então com o famoso encontro de motos de Tiradentes, cuja participação monta em cerca de vinte mil pessoas, para uma cidade de seis mil habitantes?
Não para por aí. O pior de tudo vem a seguir: O IPHAN vetou qualquer evento artístico cultural na Rotunda do complexo ferroviário, proibindo até mesmo filmagens para reportagens televisivas, visitas e shows do Festival de Inverno da UFSJ
Uma comitiva liderada pela ACI-del Rei foi a Belo Horizonte no dia 09/05/2011, incluindo o prefeito municipal, presidente da câmara, secretário de cultura, dois deputados estaduais, e gente de arte e cultura. Fizeram visita ao superintendente do IPHAN-MG, Sr. Leonardo Barreto, que ouviu atentamente as reclamações, mas não deu seqüência para solucionar nenhuma das questões. Disse que o IPHAN-MG não é burocrático e resolve rápido as pendências, no que foi rechaçado pelo presidente da Academia de Letras de SJDR, José Cláudio Henriques. Este questionou que a volta da portada principal da antiga igreja de Matosinhos de 1771 está parada nas mãos deles desde julho de 2010, mesmo tendo sua detentora liberado a peça e desistido do processo. José Cláudio questionou também da burocracia para se pesquisar manuscritos nos arquivos do IPHAN de São João, que agora exige agendamento
Finalmente, o que ficou resolvido entre as partes é a criação de uma comissão para que se resolva localmente, assuntos que deveriam ser enviados para Belo Horizonte
José Cláudio Henriques é presidente da Academia de Letras e da ASMAT.
Qual será a solução ideal para a água do Grande Matosinhos?
Principalmente na época da seca (inverno e primavera) os moradores do Grande Matosinhos sofrem terrivelmente com a falta do precioso líquido. A captação da água torna-se mais difícil por sua escassez, e nessa época aumenta-se o consumo. O problema de uma forma ou de outra tem que ser resolvido, pois não temos como ficar sem a água
Para resolver a falta da água temos que dispor de recursos financeiros de qualquer forma. Foi retirado da Câmara Municipal um projeto de empréstimo junto ao BNDES, mas segundo consta existe outro projeto de empréstimo junto a Caixa Econômica Federal por indiciamento do Ministério Público, já aprovado pela câmara
A falta de água no Grande Matosinhos já se arrasta por muitos anos e alguma coisa tem que ser feita. Ou o DAMAE ou Prefeitura conseguem um empréstimo para sanar o problema, ou faça como fez a Câmara Municipal de Barbacena, que aprovou uma terceirização para a COPASA abastecer e tratar água e esgoto da zona noroeste de Barbacena, região parecidíssima com o Grande Matosinhos. Este exemplo já existe aqui em São João del Rei com a concessão de toda a Colônia do Marçal para a COPASA, sem que fosse privatizado o nosso DAMAE
Com a deliberação normativa 96/2006 do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), até 2010 todos os municípios mineiros terão que contar com um sistema de tratamento de esgoto que atenda a pelo menos 50% da população urbana e, até 2017, 80%. O descumprimento da norma do COPAM poderá acarretar no corte de repasses de recursos da União e do Estado aos municípios que não cumprirem a citada deliberação. Porém, os municípios que cumprirem terão seus FPM aumentados
Também poderá haver por parte dos vereadores são-joanenses exigências para que se a terceirização acontecer, o terceirizado cumpra com cláusulas contratuais, tais como, recomposição asfáltica, fornecimento e manutenção de hidrômetros, tarifas sociais e entidades filantrópicas, e emprego de mão-de-obra local
É notório que a cada ano, o resgate do Jubileu do Divino vem crescendo em progressões geométricas
Com o retorno da festa, os costumes e a fé dedicados ao Divino Espírito Santo vêm também aumentando. O Santuário do Senhor Bom Jesus fica repleto de fiéis e os atrativos histórico-culturais ajudam na evangelização. Este ano vamos contar com mais uma inovação que é a transmissão ao vivo, pela TV Campos de Minas, da missa incultura da, que acontece na 6ª feira dia 2 de junho, às 19 horas, da missa solene do dia 4, às 16 horas, e de diversos outros flash
Estudantes de diversos níveis, inclusive de Turismo Superior, vêm pesquisando a festa e isso é maravilhoso no sentido de não deixá-la mais acabar. Diversas palestras por membros da Comissão do Divino foram feitas e essa comissão continua à disposição para quaisquer trabalhos de pesquisa. Aliás, no site www.ograndematosinhos.com.br podem ser encontrados material de pesquisa e fotos da festa do Divino
No dia 3, às 17 horas, será realizada a monumental procissão do Imperador Perpétuo que sairá da igreja de São Francisco de Assis rumo a Matosinhos. No dia 4, temos festa o dia inteiro com a chegada dos grupos de congado de diversas regiões das vertentes e de outros locais de Minas Gerais. A festa se encerra com a procissão luminosa do Divino Espírito Santo e com show artístico no adro da igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
A cada ano que se passa vem aumentando a fé e a adesão do povo com relação ao resgate da Festa do Divino Espírito Santo da Paróquia de Matosinhos, ocorrido no ano de 1998. Isso é fundamental por vários motivos: - Temos reforçada a fé, nossas esperanças e o culto ao Divino. - Temos reforçada a nossa arte e cultura, fazendo com que não percamos nossos conhecimentos e nosso folclore
Nossa festa, iniciada com a inauguração da primitiva igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em 1774, foi interrompida em 1924 a pedido da Arquidiocese de Mariana , quando o festejo estava em seu auge. O fato causou grande revolta e desgosto, despertando reações na imprensa local. Foram pretextos para tal atitude os artigos nº 15 e 16 das resoluções da Conferência Episcopal da Província de Mariana, realizada em Juiz de Fora, em abril de 1923, alegando excesso de jogos de azar e bailes. Nossa cidade eleita a Cidade Brasileira da Cultura 2007 não merecia perder tanta riqueza artística, cultural e religiosa. Na Festa do Divino de Matosinhos, a maioria dos eventos já se consolidou nos moldes de antigamente. Apenas a procissão do Imperador Perpétuo, Santo Antônio, que sai da igreja de São Francisco rumo a Matosinhos, precisa de maiores incentivos. Exatamente ela, que era o evento mais concorrido da festa, que com a paralisação roubou a fé e o costume do povo da nossa região
José Cláudio Henriques - Coordenador Editorial
