NOTÍCIA

BNDES divulga resultado do primeiro semestre

12.08.16


·        Resultado foi influenciado pela revisão do rating de empresas
·        Patrimônio líquido aumenta 19% no semestre
·        Índice de Basileia sobe para 16,1% em junho, ante 14,7% em dezembro de 2015

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões, no primeiro semestre de 2016 (lucro de R$ 3,515 bilhões em igual período de 2015). O resultado foi consequência, principalmente, de despesas com provisões, tanto da carteira de crédito e repasses quanto da carteira de participações societárias, que alcançaram R$ 9,588 bilhões no primeiro semestre (R$ 1,635 bilhão em igual período de 2015).
O aumento das despesas com provisões foi provocado, em grande parte, pela revisão do rating de empresas da carteira do BNDES e pelo impairment (ajuste ao valor esperado de realização) de investimentos da carteira de participações societárias em empresas não coligadas.
A despesa com provisão para risco de crédito atingiu R$ 4,438 bilhões no primeiro semestre do ano (R$ 480 milhões no mesmo período de 2015 e R$ 988 milhões no segundo semestre do ano passado) e foi determinada por importantes ajustes de classificação de risco na carteira de crédito e repasses, refletindo o cenário econômico brasileiro desfavorável nos primeiros seis meses deste ano.
A carteira de crédito e repasses do BNDES manteve a boa qualidade no período, uma vez que concentra 97,7% de suas operações classificadas entre os níveis AA e C. A avaliação da carteira de crédito e repasses por nível de risco segue a Resolução 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, que determina a classificação dos créditos entre os níveis AA, menor risco, e H, maior risco.
A inadimplência do BNDES, no período, manteve-se em patamar muito baixo. O índice referente a 30 dias alcançou 1,38% em 30 de junho deste ano, superior, no entanto, ao registrado pelo Sistema BNDES em dezembro de 2015, de 0,02%. O baixo índice de inadimplência reflete a gestão e a qualidade da carteira de crédito e repasses e a consistência das políticas operacionais do BNDES.
O produto de intermediação financeira, por sua vez, compensou o impacto negativo das provisões em 2016, alcançando R$ 12,235 bilhões nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 25,2% em relação a igual período de 2015 e de 17,7% em relação ao segundo semestre do ano passado. O resultado foi devido à combinação de dois fatores: volume elevado de amortizações dos financiamentos concedidos, sem que, em paralelo, houvesse aumento de desembolsos. Os recursos não aplicados na carteira de crédito foram migrados para a carteira de tesouraria.
A carteira de crédito e repasses do BNDES atingiu R$ 646,924 bilhões no primeiro semestre do ano, uma redução de R$ 48,454 bilhões (7,0%) em relação a dezembro de 2015. O resultado foi influenciado pelo efeito da depreciação do dólar na parcela em moeda estrangeira e pela redução da parcela em moeda nacional, impactada pelo fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em dezembro de 2015.
A carteira de participações societárias alcançou R$ 58,797 bilhões no primeiro semestre de 2016, um aumento de 12,2% em relação a 31 de dezembro de 2015.  A alta foi provocada pela valorização, de R$ 8,438 bilhões, da carteira de participações, notadamente em ações da Petrobras, Eletrobras e Vale.
A despesa com provisão para perdas (impairment) de R$ 5,150 bilhões no semestre não teve impacto relevante na posição patrimonial, por se tratar da reclassificação para o resultado de perda já reconhecida no patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido – O patrimônio líquido do BNDES totalizou R$ 36,876 bilhões no primeiro semestre do ano, um crescimento de R$ 5,883 bilhões (19,0%) em relação a 31 de dezembro de 2015. A alta resulta, principalmente, do efeito positivo de R$ 5,142 bilhões, líquido de tributos, decorrente da valorização da carteira de participações societárias, que absorveu o prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões.
Limites Prudenciais – O índice de Basileia atingiu 16,1% no primeiro semestre do ano, situação confortável diante dos 10,5% exigidos pelo Banco Central e superior à apresentada em dezembro de 2015, de 14,7%.
O patrimônio de referência totalizou R$ 105,930 bilhões, um crescimento de R$ 10,933 bilhões (11,5%) em relação a 31/12/15 decorrente, principalmente, da valorização da carteira de participações societárias.
As demonstrações financeiras completas do BNDES estão disponíveis no site: http://bit.ly/2b9DCln

 

 

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